11 - A Lei de Causa e Efeito


Nessa monografia se fala do Karma. Se fala no mesmo como uma medicina universal capaz de orientar a alma dentro do Sansara. Se dão aqui preciosas orientações de como negociar com a lei divina, como quitar velhas dividas, como utilizar de leis superiores para anular leis inferiores. Bons estudos!


“O Poder Rosto de Leão oprime Pistis Sophia querendo arrebatar-lhe seus poderes. É claro que o Iniciado tem muitas dívidas e o poder da Justiça o ameaça”.

Samael Aun Weor


A Lei de Ação e Consequência
Síntese
Um Verdadeiro Negócio
Perguntas e Respostas

A Lei de Ação e Consequência


"Antes desta vida que temos atualmente, tivemos não só uma passada existência, mas muitas outras.

Cada qual nasce de acordo com seu próprio destino; alguns nascem em famílias ricas e muito endinheiradas, e outros regressam ou retornam entre pessoas pobres e miseráveis”.

Se fizemos o bem em nossa passada existência, recolhemos agora o prêmio, voltamos a lares onde nada nos falta e teremos comodidades de toda espécie.

Se fizemos o mal, se malgastamos o dinheiro, se fomos avarentos, se exploramos o próximo, se cometemos o erro de roubar ou de arruinar a outros, se fizemos mau uso do dinheiro, é evidente que nos cabe voltar entre famílias miseráveis, vestidos com corpos de mendigos, infelizes, esfomeados e desnutridos. Assim, cada qual recolhe o fruto de suas próprias ações."

Mirando o Mistério.


Meus amigos, existe uma Lei que se chama Karma. Não é exagero asseverar que tal palavra, de origem sânscrita, significa lei de ação e conseqüência. Obviamente, “não existe causa sem efeito, nem efeito sem causa”. A lei da Balança, a terrível lei do Karma, governa toda a criação.

Toda causa se converte em efeito, e todo efeito se transforma em causa. Deveis compreender o que é a Lei da Compensação. Tudo o que se faz há que pagar, pois não existe causa sem efeito, nem efeito sem causa.

Nos foram dados liberdade e livre arbítrio, e podemos fazer o que queiramos, mas é claro que teremos que responder perante Deus por todos os nossos atos. Qualquer ato de nossa vida, bom ou mau, tem suas conseqüências. A Lei de Ação e Conseqüência governa o curso de nossas variadas existências, e cada vida é o resultado da anterior.

Compreender integramente as bases e o “modus operandi” da lei do Karma é indispensável para orientar o navio de nossa vida de forma positiva e edificante, através das diversas etapas da vida.

Karma é lei de compensação, não de vingança. Há quem confunda esta lei cósmica com o determinismo e ainda com o fatalismo, ao crer que tudo o que ocorre ao homem na vida está determinado inexoravelmente de antemão.

É verdade que os atos do homem são determinados pela herança, a educação e o meio. Porém, também é verdade que o homem tem livre arbítrio e pode modificar seus atos: educar seu caráter, formar hábitos superiores, combater fraquezas, fortalecer virtudes, etc.

“O Karma é um remédio que nos é aplicado para nosso próprio bem”; infelizmente, as pessoas, em vez de inclinar-se reverentes ante o eterno Deus vivo, protestam, blasfemam, se justificam a si mesmas, se desculpam nesciamente e lavam as mãos como Pilatos. Com tais protestos não se modifica o Karma; ao contrário, este se torna mais duro e severo. 

Quando alguém vem a este mundo traz seu próprio destino; alguns nascem em colchões de plumas e outros na desgraça. Se em nossa passada existência matamos, agora nos matam, se ferimos, agora nos ferem, se roubamos agora nos roubam, e “com a vara com que medirdes sereis medidos”.

Reclamamos fidelidade do cônjuge quando nós mesmos temos sido adúlteros nesta ou em vidas precedentes. Pedimos amor quando temos sido impiedosos e cruéis. Solicitamos compreensão quando nunca soubemos compreender ninguém, quando jamais aprendemos a ver o ponto de vista alheio. Ansiamos felicidade imensa quando temos sido sempre a origem de muita infelicidade. Quereríamos haver nascido em um lar bem lindo e com muitas comodidades, quando não soubemos, em passadas existências, brindar nossos filhos com lar e beleza. 

Protestamos contra os insultadores quando sempre temos insultado a todos os que nos rodeiam. Queremos que nossos filhos nos obedeçam quando jamais soubemos obedecer a nossos pais. Nos incomoda terrivelmente a calúnia, quando sempre fomos caluniadores e enchemos o mundo de dor. Nos incomodam o insulto e a murmuração; não queremos que ninguém murmure contra nós; entretanto, estamos sempre com fofocas e murmurações, falando mal do próximo, mortificando a vida dos outros. Quer dizer, sempre reclamamos o que não temos dado; em todas as nossas vidas anteriores fomos malvados e merecemos o pior, porém supomos que nos deve ser dado o melhor.

Felizmente, meus caros amigos, a Justiça e a Misericórdia são as duas colunas torais da Fraternidade Universal Branca. A Justiça sem Misericórdia é tirania; a Misericórdia sem Justiça é tolerância, complacência com o delito. O Karma é negociável, e isto é algo que pode surpreender muitíssimo aos seguidores de diversas escolas ortodoxas. 

Certamente alguns pseudo-esoteristas e pseudo-ocultistas se tornaram demasiado pessimistas em relação à Lei de Ação e Conseqüência; supõem equivocadamente que esta se manifesta de forma mecânica, automática e cruel. Os eruditos creem que não é possível alterar tal lei; lamento muito sinceramente ter que dissentir dessa forma de pensar.

Se a Lei de Ação e Conseqüência, se o Nêmesis da existência, não fosse negociável, então onde estaria a misericórdia divina? Francamente, não posso aceitar crueldade na Divindade. O Real, aquilo que é todo perfeição, isso que tem diversos nomes como Tao, Aum, Inri, Sein, Alá, Brahma, Deus, ou, melhor dizendo, Deuses, etc., etc., etc., de modo algum poderia ser algo sem misericórdia, cruel, tirânico, etc. Por tudo isso repito, de forma enfática, que o Karma é negociável. É possível modificar nosso próprio destino, porque, “quando uma lei inferior é transcendida por uma lei superior, a lei superior lava a lei inferior”.

Modificando a Causa se modifica o Efeito. “O Leão da Lei se combate com a balança”. Se pusermos nossas boas obras em um prato da Balança e no outro pusermos as más, ambos os pratos pesarão o mesmo, ou haverá algum desequilíbrio. Se o prato das más ações pesa mais, devemos por boas obras no prato das boas ações com o propósito de inclinar a balança a nosso favor; assim cancelamos Karma.

Fazei boas ações para pagar vossas dívidas; recordai que não somente se paga com dor, também se pode pagar fazendo o bem. Agora compreenderão, meus bons amigos, o maravilhoso que é fazer o bem; não há dúvida de que o Reto Pensar, o Reto Sentir e o Reto Obrar são o melhor dos negócios.

Nunca devemos protestar contra o Karma, o importante é saber negociá-lo. Infelizmente, a única coisa que ocorre às pessoas quando se encontram em uma grande amargura é lavar as mãos como Pilatos, dizer que não fizeram nada mau, que não são culpados, que são almas justas, etc., etc., etc.

Aos que estão na miséria digo que revisem sua conduta, que se julguem a si mesmos, que se sentem ainda que seja por um instante no banco dos réus, e que, depois de uma breve análise de si mesmos, modifiquem sua conduta.

Se esses que se encontram sem trabalho se tornassem castos, infinitamente caritativos, aprazíveis, cem por cento serviçais, é óbvio que alterariam radicalmente a causa de sua desgraça, modificando-se, em conseqüência, o efeito.

Não é possível alterar um efeito se antes não se modificar radicalmente a causa que o produziu, pois, como já dissemos, não existe efeito sem causa, nem causa sem efeito.

Deve-se trabalhar sempre desinteressadamente, com infinito amor pela humanidade, assim alteramos aquelas más causas que originaram os maus efeitos.

Não há dúvida de que a miséria tem suas causas nas bebedeiras, na asquerosa luxúria, na violência, nos adultérios, no desperdício, na avareza, etc., etc.

Quereis curar-vos? Curai a outros. Alguns de vossos parentes estão na cadeia? Trabalhai pela liberdade de outros. Tendes fome? Comparti o pão com os que estão pior que vós... Muitas pessoas que sofrem só se lembram de suas amarguras, desejando remediá-las, mas não se lembram dos sofrimentos alheios, nem remotamente pensam em remediar as necessidades do próximo. Este estado egoísta de sua existência não serve para nada; assim, a única coisa que conseguem realmente é agravar seus sofrimentos. 

Se tais pessoas pensassem nas outras, em servir seus semelhantes, em dar de comer ao faminto, em dar de beber ao sedento, em vestir o que está nu, em ensinar ao que não sabe, etc., é claro que poriam boas ações no prato da Balança Cósmica para incliná-la a seu favor; assim alterariam seu destino e a sorte ficaria a seu favor. Quer dizer, ficariam remediadas todas as suas necessidades; mas as pessoas são muito egoístas e por isso é que sofrem, ninguém se lembra de Deus nem de seus semelhantes, a não ser quando estão no desespero, e isto é algo que todo o mundo já pôde comprovar por si mesmo; assim é a humanidade.

Infelizmente, meus queridos amigos, esse ego que cada qual leva dentro faz exatamente o contrário do que estamos dizendo; por tal motivo considero urgente, inadiável, impostergável, reduzir o “mim-mesmo” a poeira cósmica.

Pensemos por um momento nas multidões humanoides que povoam a face da Terra. Sofrem o indizível vítimas de seus próprios erros; sem o ego não teriam esses erros, nem tampouco sofreriam as conseqüências dos mesmos.

A única coisa que se requer para ter direito à verdadeira felicidade é, antes de tudo, não ter ego. Certamente, quando não existem dentro de nós os agregados psíquicos, os elementos inumanos que nos tornam tão horríveis e malvados, não há Karma por pagar, e o resultado é a felicidade.

É bom saber também que, quando eliminamos radicalmente o ego, a possibilidade de delinquir fica aniquilada, e, em conseqüência, o Karma pode ser perdoado.

A Lei do Karma, a Lei da Balança Cósmica não é uma lei cega; também se pode solicitar crédito aos Mestres do Karma, e isto é algo que muitos ignoram. Porém, é urgente saber que todo crédito há que pagá-lo com boas obras, e, se não se paga, então a Lei o cobra com suprema dor. 

Necessitamos fazer-nos conscientes de nosso próprio Karma, e isso só é possível mediante o “estado de alerta novidade”. Todo efeito da vida, todo acontecimento, tem sua causa em uma vida anterior, mas necessitamos fazer-nos conscientes disso. 

Todo momento de alegria ou dor deve ser continuado em Meditação com mente quieta e em profundo silêncio. O resultado vem a ser a experiência do mesmo acontecimento em uma vida anterior. Então tomamos consciência da causa do fato, seja este agradável ou desagradável.

O chefe dos sacerdotes do tribunal do Karma é o Grande Mestre Anúbis. O Supremo Juiz está assessorado em seu trabalho pelos quarenta e dois Juízes da Lei.

O templo de Anúbis, o Supremo Regente do Karma, não se encontra neste mundo tridimensional, mas na quinta dimensão, no chamado mundo causal.

Nesse tribunal só reina o terror de amor e justiça. Nele existe um livro com as dívidas e créditos para cada homem, no qual se anota minuciosamente, cada dia, suas boas e más ações. As boas ações são representadas por raras moedas que os Mestres acumulam em benefício dos homens e mulheres que as executam.

Quem desperta Consciência pode viajar em seus corpos internos fora do corpo físico, mediante a plena vontade consciente, e estudar no Templo de Anúbis e seus quarenta e dois juízes seu próprio Livro do Destino.

O direito romano tem como símbolos da Justiça a balança e a espada. Não é, pois, estranho que no palácio de Anúbis, o Grande Arconte da Lei, se vejam por toda parte balanças e espadas.

Nesse tribunal também se encontram advogados defensores. Mas tudo se paga. Nada se consegue gratuitamente. “Quem tem boas obras paga e se sai bem nos negócios”. Os créditos solicitados se pagam com trabalhos desinteressados e inspirados em amor pelos que sofrem.

Lei é Lei, e a Lei se cumpre”. “A ignorância da Lei não exime alguém de seu cumprimento”. O pior pecado é a ignorância.

Os Mestres do Karma são Juízes de Consciência que vivem em estado de Jinas. Temos que fazer constantemente boas obras para que tenhamos com que pagar nossas dívidas desta e de vidas passadas.

Todos os atos do homem estão regidos por leis, umas superiores, outras inferiores. No Amor se resumem todas as leis superiores. Um ato de amor anula atos pretéritos inspirados em leis inferiores. Por isso, falando do amor, disse o Mestre Paulo: “ O amor é sofrido, bom; não inveja, não se orgulha, não ofende, não busca o seu próprio bem, não se irrita; 

não se vangloria da injustiça, mas da verdade; tudo crê, tudo espera, tudo suporta”.

Quando oficiam como juízes, os Mestres do Karma usam a máscara sagrada em forma de cabeça de chacal ou lobo emplumado, emblema da Verdade; com ela se apresentam aos Iniciados nos mundos internos. Essa é a crueldade da Lei do Amor.

Negociar com os Senhores da Lei é possível através da Meditação: orai, meditai e concentrai-vos em Anúbis, o Regente mais exaltado da boa Lei.

Para o indigno, todas as portas estão fechadas, exceto uma: a do arrependimento”... “Pedi e se vos dará, batei e se vos abrirá”...


Síntese


Não somente se paga Karma pelo mal que se faz, mas também pelo bem que se deixa de fazer, podendo fazê-lo.

Cada má ação é uma promissória que assinamos para pagar na existência seguinte.

Quando uma lei inferior é transcendida por uma superior, a lei superior lava a lei inferior”.

Que ninguém se engane a si mesmo; o que o homem semear isso colherá, e suas obras o seguirão”. 

Nos tribunais da Justiça Objetiva os Senhores do Karma julgam as almas por suas obras, pelos fatos concretos, claros e definitivos, e não pelas boas intenções.

Os resultados são sempre os que falam; de nada serve ter boas intenções se as obras são desastrosas.

Durante os processos esotéricos iniciáticos do fogo, tive de compreender de forma plena os seguintes postulados:

O Leão da Lei se combate com a Balança”.

Quem tem capital com que pagar, paga e se sai bem nos negócios”.

Quem não tem com que pagar, deve pagar com dor”.

Faz boas obras para que pagues tuas dívidas”


Um Verdadeiro Negócio


"Toda causa tem seu efeito; não existe causa sem efeito, nem efeito sem causa. Quem conhece as leis de Retorno e Recorrência, compreende a Lei do Karma. As más ações das vidas anteriores devem ser canceladas aqui e agora. Não só se paga Karma pelo mal que se faz, mas também pelo bem que se deixa de fazer podendo fazê-lo. Porém, o Karma pode ser negociado.

O Karma também pode ser perdoado. Kamaduro é outro termo sânscrito que indica Karma que não pode ser negociado nem perdoado. Existe também a Lei da Katancia, o Karma Superior dos Deuses e dos adeptos. A Lei da Katancia também admite negociação e perdão.

Pistis Sophia Desvelada"


Me vêm à memória neste momento cenas de uma passada existência minha na Idade Média.

Vivia na Áustria de acordo com os costumes da época; não posso negar que era membro de uma ilustre família de antiquada aristocracia. Naquela época minha estirpe orgulhava-se demasiadamente do sangue azul, os difíceis ascendentes e notáveis tataravós. Até me dá pena confessá-lo mas, e isso é o grave, eu também estava metido nessa garrafa de preconceitos sociais. Coisas da época!

Um dia qualquer, não importa qual, uma minha irmã se enamorou de um homem muito pobre e, é claro, foi o escândalo do século; as damas da nobreza e seus néscios cavalheiros, almofadinhas, esfolaram vivo o próximo, fizeram escárnio da infeliz. Diziam dela que teria podido casar-se melhor, etc.

A pobre não tardou em ficar viúva, e, como resultado de seu amor, é claro, ficou um filho.

E se tivesse querido regressar ao seio da família? Porém, isso não era possível; ela conhecia muito bem a língua viperina das damas elegantes, seus fastidiosos contrapontos, suas deselegâncias, e preferiu a vida independente.

Que eu ajudei a viúva? Seria absurdo negá-lo. Que me apiedei de meu sobrinho? Isso foi verdade. Infelizmente, há vezes em que, por não faltar a alguém a compaixão, pode tornar-se desapiedado.

Esse foi meu caso. Compadecido do menino, o internei em um colégio (com a desculpa de que receberia uma robusta, firme e vigorosa educação) sem importar-me nem um pouco com os sentimentos de sua mãe.

Até cometi o erro de proibir à sofrida mulher visitar seu filho; pensava que assim meu sobrinho não sofreria preconceitos de nenhuma espécie e poderia ser alguém mais tarde, chegar a ser um grande senhor, etc.

O caminho que conduz ao abismo está calçado com boas intenções”, não é verdade? Assim é. Quantas vezes alguém querendo fazer o bem faz o mal! Minhas intenções eram boas, mas o procedimento equivocado; no entanto, eu acreditava firmemente que estava fazendo o correto.

Minha irmã sofria demasiadamente pela ausência de seu filho; não podia vê-lo no colégio, estava proibida.

Ressalta a todas as luzes que houve da minha parte amor para com meu sobrinho e crueldade para com minha irmã; entretanto, eu acreditava que, ajudando o filho, ajudava também sua mãe.

Felizmente, dentro de cada um de nós, nessas regiões íntimas onde falta amor, surge como por encanto o policial do Karma, o “Kaom”.

Não é possível fugir dos agentes do Karma; dentro de cada um de nós está o policial que inevitavelmente nos conduz perante os tribunais.

Desde aquela época passaram muitos séculos; todos os personagens daquele drama envelhecemos e morremos. Porém, a “Lei de Recorrência” é terrível, e tudo se repete tal como aconteceu, agregando-se as conseqüências.

Século XX: nos reencontramos todos os atores daquela peça. Tudo se repetiu de certa forma mas, é claro, com suas conseqüências. Esta vez tive que ser eu o repudiado pela família, assim é a Lei. Minha irmã se encontrou de novo com seu marido; não me pesa ter voltado a unir-me à minha antiga esposa-sacerdotisa, conhecida com o nome de Litelantes.

Aquele sobrinho tão amado e discutido renasceu desta vez com corpo feminino; é certamente uma menina preciosa, seu rosto parece uma noite deliciosa, e em seus olhos resplandecem as estrelas.

Numa época qualquer, não importa a data, vivíamos próximo do mar. A menina (o antigo sobrinho) não podia brincar, estava gravemente doente, tinha uma infecção intestinal. O caso era muito delicado, várias crianças da sua idade morreram naquela época pela mesma causa. Porque minha filha haveria de ser uma exceção?

Os numerosos remédios que lhe aplicaram foram francamente inúteis; o rosto infantil já começava a assinalar com horror esse perfil inconfundível da morte.

Com toda a clareza se evidenciava o fracasso, o caso estava perdido e não me restava mais remédio que visitar o Dragão da Lei, esse Gênio terrível do Karma cujo nome é Anúbis.

Felizmente, graças a Deus, Litelantes e eu sabemos viajar consciente e positivamente em corpo astral. Assim, apresentarmo-nos juntos no palácio do Grande Arconte, no universo paralelo da quinta dimensão, não era para nós um problema.

Aquele templo do Karma é impressionante, majestoso, grandioso. Ali estava o Hierarca sentado em seu trono, imponente, terrivelmente divino; qualquer um se espantaria ao vê-lo oficiar com a máscara sagrada de chacal, tal como aparece em muitos baixos-relevos do antigo Egito faraônico.

Finalmente, me foi dada a oportunidade de falar-lhe, e é claro que não a deixei passar tão facilmente:

Tu tens uma dívida comigo” - lhe disse.

Qual?” - me replicou assombrado.

Então, plenamente satisfeito, lhe apresentei um homem que em outro tempo foi um demônio perverso; me refiro a Astaroth, o grande duque.

Este era um filho perdido para o Pai” - continuei dizendo-lhe – “e, no entanto, o salvei, mostrei-lhe a senda da luz, tirei-o da Loja Negra e agora é discípulo da Irmandade Branca; não me pagaste essa dívida”.

O caso era que aquela menina devia morrer de acordo com a Lei, e sua alma devia penetrar no ventre de minha irmã para tomar forma em um novo corpo físico. Assim o entendia, e por isso foi que acrescentei:

Peço que Astaroth vá ao ventre de minha irmã em vez da alma de minha filha”.

A resposta solene do Hierarca foi definitiva:

Concedido, que Astaroth vá ao ventre de tua irmã e que tua filha se cure”.

Resta dizer que aquela menina (meu antigo sobrinho) foi curada milagrosamente, e minha irmã concebeu então um filho do sexo masculino.

Tinha com que pagar essa dívida, contava com “capital cósmico”.

A Lei do Karma não é uma mecânica cega, como supõem muitos pseudo esoteristas e pseudo-ocultistas.

Como estavam as coisas, é evidente e fácil de compreender que, com a possível morte de minha filha, teria que sentir a mesma dor da separação, aquela amargura que em épocas antigas minha irmã sentiu pela perda de seu filho.

Assim, mediante a Grande Lei, ficaria compensado o dano; se repetiriam cenas semelhantes, mas desta vez a vítima seria eu mesmo. Felizmente o Karma é negociável, não é essa mecânica cega dos astrólogos e quiromantes de feira. Tive capital cósmico e paguei essa velha dívida; assim, graças a Deus, me foi possível evitar a amargura que me aguardava...


Perguntas e Respostas


"Quando a Alma humana se une com o Íntimo, já não tem Karma a pagar, porque quando uma lei inferior é transcendida por uma lei superior, a lei superior lava a lei inferior. As piores doenças são aquelas engendradas pela Karma. A Varíola é o resultado do Ódio, a Difteria é o fruto das Fornicações de passadas vidas.

O Câncer é também o resultado da Fornicação. A Tuberculose ou Peste Branca é o resultado do Ateísmo e Materialismo em vidas passadas. A Crueldade engendra a Cegueira de nascimento. 

O Raquitismo é filho do Materialismo. A Malária provém do Egoísmo, etc. Centenas de outras enfermidades têm sua origem nas más ações de nossas vidas passadas.

Medicina Oculta e Magia Prática" 


Pergunta - Mestre, anteriormente o ouvimos mencionar a palavra Karma”, mas sabemos que também existe a palavra “Dharma”. Lhe rogamos que, com sua amabilidade, nos dê uma explicação mais ampla sobre estas duas interessantíssimas palavras.

Resposta - Com o maior prazer respondo a essa pergunta interessante. “Karma” significa “Lei de Causa e Efeito”: tal causa, tal efeito. "Dharma” significa “recompensa”. Se diz que as más ações pesam sobre nós, que cedo ou tarde caem sobre nós mesmos como um raio de vingança, e isso é certo: uma má causa deve produzir um mau efeito, uma má ação deve trazer uma péssima conseqüência. A palavra “Dharma” é diferente (é também um termo sânscrito), e significa “recompensa”. Se fazemos o bem, recolheremos o bem; se semeamos uma boa terra, recolheremos o que semeamos, isso é óbvio.

Assim, “Karma” e “Dharma” são palavras sânscritas muito interessantes.

Pergunta - Por que existem famílias que, por mais que se esforcem, não conseguem ter amigos em nenhum lugar, e para outros é tão fácil conquistá- los aonde quer que vão?

Resposta - Em existências anteriores tivemos muitos amigos e inimigos; ao retornar ou regressar a este mundo, voltamos a reencontrar essas amizades e esses adversários, e então tudo se repete tal como aconteceu.

Mas há também pessoas difíceis que não gostam de ter amigos, misantropos, pessoas que se escondam, se distanciam, se afastam da sociedade, solitários por natureza e por instinto. Quando tais pessoas retornam a este mundo se vêem sós, ninguém simpatiza com elas.

Por outro lado, há outras pessoas que em vidas passadas souberam cumprir com seus deveres com a sociedade e o mundo e até trabalharam a favor de seus semelhantes; é lógico que, ao retornar a este mundo, se vêem rodeados por aquelas almas que no passado ou em passadas existências formaram seu ambiente, e então gozam - como é natural – de muita simpatia.

Pergunta - A que se deve que algumas donas-de-casa não encontram nunca quem as ajude fielmente, ainda que tratem bem seus servidores, e a outras, por outro lado, todos lhes são fiéis?

Resposta - Aquelas donas-de-casa que não contam com emprega dos fiéis e sinceros foram, em vidas anteriores, déspotas, cruéis com seus criados, e agora não encontram realmente quem as sirva, pois nunca souberam servir no passado, e esta é a conseqüência.

Pergunta - Meu filho se casou e foi extremamente infeliz; as empresas onde ele trabalhava faliram; pediu um empréstimo ao banco para abrir um negócio e foi rotundamente ao fracasso; tudo em que ele investia fracassava; teve que divorciar-se de sua esposa por tantos desgostos que tinha. Depois de algum tempo casou-se outra vez, e aquele homem, a quem só faltou pedir esmolas, agora está muito bem e cada dia aumenta seu sucesso. A que se deve isto?

Resposta - Existem três tipos de vínculos matrimoniais: o primeiro é Kármico, o segundo Dhármico e o terceiro Cósmico; os primeiros são de dor, miséria, fome, nudez, desgraça; os segundos são de êxito, felicidade, amor, progresso econômico, etc.; e os terceiros são unicamente para as almas seletas, puras, santas, e trazem, como é natural, felicidade inesgotável.

Sobre o caso a respeito do qual você me pergunta, devo dizer-lhe que a primeira situação pertence ao primeiro destes três tipos de matrimônio (Kármico). Não há dúvida de que seu filho e sua primeira esposa sofreram o indizível pagando as más ações de suas existências anteriores; é claro que eles em antigas vidas foram também marido e mulher, mas fizeram muito mal; não souberam viver, e o resultado foi a dor.

O novo matrimônio de seu filho foi benigno sob o ponto de vista econômico; podemos catalogá-lo como de boa sorte, Dhármico, resultado de boas obras de vidas anteriores; a segunda esposa também viveu com ele em vidas passadas, e como com ela observou uma conduta melhor, o resultado é que agora lhe mudou a sorte, melhorou sua vida; isso é tudo.

Pergunta - Meu filho está doente há cinco anos ; temos gasto muito dinheiro com médicos, e não encontram a causa exata de sua enfermidade; uns nos dizem que talvez seja um choque nervoso, já que tem sido um rapaz bastante inteligente em seus estudos; outros supõem que foi vítima de feitiçaria. Que opina o Senhor?

Resposta - Ressalta com claridade meridiana um castigo, um Karma mental pelo mau uso da mente em vidas anteriores. Se você quer que seu filho sare, lute por curar outros enfermos mentais, com o propósito de modificar a causa originária. Recorde que só modificando a causa se modifica o efeito; infelizmente os enfermos têm uma marcada tendência a fechar-se dentro de seu próprio círculo; rara vez na vida se vê o caso de que um doente se preocupe por curar outros; se alguém o faz, é claro que se cura de suas próprias dores.

Eu lhe aconselho, já que neste caso preciso seu filho não poderia dedicar-se a curar outros, que você o faça em nome dele; não esqueça as obras de caridade; preocupe-se pela saúde dos todos os doentes mentais que encontre em seu caminho; faça o bem às toneladas.

Tampouco esqueça que no mundo invisível existem Mestres muito sábios que podem ajudá-lo neste caso concreto de seu filho; quero me referir agora de forma específica ao glorioso Anjo Adonai, o Anjo da luz e da alegria. Esse Mestre é muito sábio, e se você se concentra intensamente, rogando-lhe em nome do Cristo curar seu filho, estou plenamente seguro de que de nenhuma maneira se negaria a fazer essa obra de caridade; mas não esqueça: “a Deus rogando e com o malho dando”; suplique e faça o bem às toneladas; esse é o caminho.

Pergunta - Tive a oportunidade de presenciar o caso de um casal em Santa Marta, Colômbia; tinham um negócio muito grande, e de um momento para outro se incendiou. Então, o marido adoeceu e morreu tuberculoso; 20 anos depois soube que sua esposa estava a ponto de morrer também de tuberculose. A que se deveria isso?

Resposta - É bom que você saiba que a tuberculose se deve à falta de religião em vidas anteriores, ao materialismo, à vida sem devoção e sem amor a Deus. Se aquele senhor morreu tuberculoso, essa é a causa, e se perdeu seus bens, é claro que acabou com as propriedades de outras pessoas em sua vida anterior.

Queimou e o queimaram, causou danos e o prejudicaram; isso se chama Karma, castigo. Quanto à esposa, a tuberculose não chegou a infectá-la totalmente, porque a falta de religiosidade em vidas anteriores não foi tanta; houve uma ligeira espiritualidade.

Pergunta - Mestre, então os que nascem com defeitos físicos não são resultado de taras hereditárias?

Resposta - Distinta senhora, sua pergunta é muito interessante e merece que a examinemos em detalhe: as taras hereditárias estão, evidentemente, a serviço da Lei do Karma, vêm a ser o mecanismo maravilhoso mediante o qual se processa o Karma. Evidentemente, a herança está nos genes do sexo; ali a encontramos, e, mediante estes, a Lei trabalha com todo o mecanismo celular.

É bom compreender que os genes controlam a totalidade do organismo humano. Estes se encontram nos cromossomas, na célula germinal, e são a base da forma física.

Quando estes genes se encontram em desordem, quando sua formação não é natural e legítima, indiscutivelmente originam um corpo defeituoso, e isto é algo que já está demonstrado.

Quero que vocês compreendam que o Corpo Vital, assento da vida orgânica, foi desenhado pelos agentes da vida, de acordo com a Lei de Causa e Efeito.

Aqueles que acumularam dívidas muito graves em sua passada existência poderão nascer com um Corpo Vital defeituoso, o qual, como é natural, servirá de base para um corpo físico também defeituoso. Os mentirosos podem nascer com um Corpo Vital deformado, dando como resultado um corpo físico monstruoso ou doentio.

Os viciados poderão nascer com Corpos Vitais manifestamente degenerados, que servirão de base para corpos físicos também degenerados. Exemplos: o abusador passional, sexual, pode nascer com o Corpo Vital indevidamente polarizado; isto motivará um veículo homossexual, ou uma forma feminina lésbica. Indubitavelmente, homossexuais e lésbicas são o resultado do abuso sexual em existências passadas.

O alcoólatra pode nascer com um cérebro vital anômalo, defeituoso, o qual poderia servir de fundamento a um cérebro físico também defeituoso. O assassino, o homicida, aquele que repete incessantemente tão horrendo delito, nasce deformado, horripilante, asqueroso, idiota ou definitivamente louco. É bom saber que o assassinato é o pior grau de corrupção humana, e que de nenhuma maneira o assassino poderia retornar com um veículo são.

Pergunta - Mestre, poderia dizer-nos algo sobre a epilepsia?

Resposta - É inquestionável que a epilepsia é o Karma da mediunidade. As pessoas que emprestam seu corpo, sua matéria aos Eus dos mortos, a “Mefistófeles”, a “Satã”, terão num futuro nascimento que padecer muito com a epilepsia. Obviamente, pois, os epilépticos foram médiuns em suas vidas anteriores.

Pergunta - Então, poderia dizer-me se todas as enfermidades são kármicas?

Resposta - Nem todas as enfermidades são kármicas. A máquina humana pode ser danificada por múltiplos motivos, de ordem kármica ou simplesmente acidental; isso é tudo.

Pergunta - No que se refere ao Nêmesis ou Karma, é possível que qualquer sofrimento possa ser negociável perante os Senhores do Karma?

Resposta - Estimáveis amigos, quero que vocês compreendam que, quando tal ou qual Karma se encontra totalmente desenvolvido, tem que chegar até o final inevitavelmente.

Isto significa que só é possível modificar radicalmente o Karma quando o arrependimento é total e quando toda a possibilidade de repetir o erro que o produziu desapareceu radicalmente.

É bom saber também que, quando eliminamos radicalmente o Ego, a possibilidade de delinqüir fica aniquilada, e em conseqüência o Karma pode ser perdoado.

No entanto, devemos saber que nem todo Karma é negociável. Existem dívidas tão graves que não podem ser negociadas. Este tipo de Karma se denomina em sânscrito “Kamaduro”, e seu final é sempre catastrófico.

Pergunta - As boas obras de que o Senhor nos fala devem fazer-se desinteressadamente ou seriam contadas mesmo fazendo-as com o interesse de obter algo em troca?

Resposta - Deve-se trabalhar sempre desinteressadamente, com infinito amor pela humanidade; assim alteramos aquelas más causas que originaram os maus efeitos; não esqueçam que alterando a causa se altera o efeito.

Quereis curar-vos? Curai a outros. Alguns de vossos parentes estão na cadeia? Trabalhai pela liberdade de outros. Tendes fome? Compartilhai o pão com os que estão pior que vós; etc., etc., etc.

Pergunta - Em meditações tive experiências de ver que em minha vida anterior cometi muitos erros, já que era um latifundiário que tinha uma fazenda em Cuautla, Morelos, na qual tinha muitos empregados que tratava a chicotadas, cometendo adultérios e violações, até que chegou a Revolução, na qual perdi todas as minhas posses. Me alistei na Revolução ao lado de Pancho Villa, sofrendo fome e todos os horrores da guerra, e mesmo tendo morrido velho e ao lado de minha família, desde então até hoje venho sofrendo amarguras e dissabores; penso que estou pagando meu Karma. Que podia o Senhor dizer-me a respeito, Mestre?

Resposta - Distinto irmão, muito me alegra que o Senhor recorde sua existência passada. Tenho que informar-lhe precisamente que eu o conheci em sua vida anterior; é óbvio que o senhor está me dizendo a verdade e nada mais que a verdade. Como o Senhor, também estive nas fileiras do General Francisco Villa, e é natural que não podia deixar de conhecê-lo pessoalmente.

Que, como proprietário de uma fazenda antes da Revolução, tivesse cometido erros dando chicotadas em seus empregados, etc., etc., etc., e contraído Karma, isso é óbvio; agora o Senhor poderá explicar a si mesmo porque tem tido tantos sofrimentos em sua vida atual. O Senhor fez outros sofrerem, e agora tem sido explorado pelos patrões em certos empregos nos quais lhe coube trabalhar para ganhar o pão de cada dia; assim é como pagamos o que devemos; Lei é Lei, e a Lei se cumpre.

Pergunta - Mestre, quero relatar-lhe algo que me aconteceu quando tinha 6 anos de idade. Vi em um sonho que caíam bolas de fogo sobre a Terra e as pessoas corriam e clamavam por Deus desesperadamente, como se fosse o fim do mundo. Mais tarde, já adulto, vi uma Bíblia ilustrada na qual aparecia um quadro exatamente como havia sonhado. O Senhor pode me dizer se isto foi um aviso?

Resposta - Distinto cavalheiro, muito me agrada dar resposta à sua pergunta; não há dúvida de que, assim como existe o Karma humano, também existe o Karma das nações e do mundo. Sua visão corresponde ao Karma mundial, que se encontra condensado em muitos versículos bíblicos e do Alcorão, assim como em uma grande quantidade de livros sagrados do Oriente e do Ocidente.

O mal do mundo é tão grande que já chegou ao Céu, e é óbvio que esta perversa civilização de víboras será destruída e não ficará pedra sobre pedra”...

Pergunta - Então, de acordo com o que o Senhor nos explica, existe a predestinação e pode alguém chegar a mudá-la?

Resposta - Distinta senhora, vamos responder esta pergunta. É evidente que existe a predestinação. Esta é realmente o resultado de todas as ações boas e más de nossas existências passadas. Se alguém rouba, o roubarão; se mata, o matarão; etc., etc., etc. Por exemplo, vou contar-lhes agora um caso muito interessante. Um jovem e três amigos saíram de viagem do México para os Estados Unidos. Mas aconteceu uma tragédia: o carro em que viajavam foi atingido por outro, e houve batidas com outros veículos que também trafegavam pela estrada, com um saldo de dois mortos e dois feridos.

Investigando nos Mundos Superiores, pudemos evidenciar o que é a “Lei da Predestinação” (o Karma). Um dos mortos, o primeiro deles, teve morte instantânea; pereceu no momento preciso da batida. Outro sofreu queimaduras de terceiro grau, e depois de 20 dias morreu. O terceiro foio motorista do carro, que sofreu apenas um deslocamento do braço e um pequeno ferimento numa perna. E outro, o quarto, sofreu apenas um leve ferimento na cabeça. Investigamos especialmente os três primeiros, e o resultado foi o seguinte:

Aquele que pereceu primeiro havia vivido no México durante a época de Porfírio Díaz; é claro que havia sido um rico poderoso, um grande fazendeiro despótico que se divertia atropelando os pobres empregados, atirando o cavalo sobre os camponeses nos caminhos, etc., etc.

O que morrera de queimaduras graves havia cometido o erro de jogar gasolina sobre os corpos de seus irmãos quando estes dormiam à noite, e então lhes havia ateado fogo; esse havia sido pois seu delito mais grave em sua existência passada, e agora morria dentro de um carro incendiado, com queimaduras de terceiro grau. Quanto ao terceiro, havia feito sofrer um jovem em sua passada existência. Junto com um bando de rapazes o haviam golpeado e lhe haviam deslocado um braço, puxando-o violentamente; agora recebia a conseqüência durante o acidente. Assim, cada qual nasce com seu próprio destino.

O destino poderia ser modificado fazendo-se muitas obras de caridade, dedicando-se ao bem, praticando obras de misericórdia, etc., etc. Fica pois esclarecido o fato concreto de que o destino também pode ser modificado, porque quando “uma Lei Inferior é transcendida por uma Lei Superior, a Lei Superior lava a Lei Inferior”. “Faz boas obras para que pagues tuas dívidas”...