Ele nos lembra que, em cada ser humano, existe um "ponto matemático": um centro de equilíbrio e verdade que transcende o tempo e o espaço. Esse ponto não está no passado, nem no futuro, mas no presente — aqui e agora. A busca por ele começa no instante em que decidimos voltar o olhar para dentro de nós mesmos.
Para ilustrar essa jornada, Samael utiliza a metáfora da cruz. O braço horizontal representa o caminho da vida comum, onde a maioria segue padrões externos, movida pelas necessidades e pressões da sociedade. Já o braço vertical simboliza o percurso de poucos: aqueles que escolhem a transformação interior e se rebelam contra a mecanicidade da existência. Este é o caminho da revolução íntima, onde se procura transcender os limites do material e do emocional.
A diferença entre esses dois caminhos está na forma como enfrentamos os desafios da vida. O percurso horizontal é marcado pela conformidade, pela identificação com problemas financeiros, crises emocionais, frustrações e injustiças. Nesse movimento, o indivíduo torna-se vítima das circunstâncias, reagindo de maneira automática, sem questionar a origem de suas respostas.
O caminho vertical, ao contrário, exige vigilância constante e autoconhecimento. Quem o trilha aprende a deter-se diante das dificuldades, observar suas próprias reações e compreender o que realmente está em jogo. Ao perceber que tudo é passageiro, transitório e ilusório, o indivíduo começa a libertar-se do ciclo de sofrimento que aprisiona a maioria.
Essa senda interior demanda trabalho árduo sobre si mesmo. Trata-se de transformar emoções negativas, romper a identificação com os problemas e interromper os automatismos da mente. O exercício da auto-observação e da autoconfrontação torna-se essencial. Cada passo nesse processo aproxima-nos de nossa essência real, que está além das ilusões do intelecto e das oscilações emocionais.
A psicologia ensinada por Samael Aun Weor propõe, portanto, uma mudança radical de atitude diante da vida. As dificuldades não desaparecem, mas a relação com elas se transforma. Em vez de reagirmos movidos pelo medo, pela ansiedade ou pela tristeza, aprendemos a agir com consciência e liberdade. É nesse ponto que surge a verdadeira "rebelião psicológica".
Diferente de uma revolta contra as normas sociais externas, essa rebelião volta-se para dentro. Ela se dirige contra nossa própria condição de seres mecânicos e reativos. O revolucionário interior não se deixa arrastar pelos altos e baixos da vida; ao contrário, torna-se agente ativo de sua própria transformação. Ao observar-se sem julgamentos e reconhecer a impermanência das emoções e das circunstâncias, começa a libertar-se da tirania da mente.
A mensagem central de Samael Aun Weor é clara: o ponto de transformação está no presente. Somente no instante em que nos detemos para observar, refletir e compreender nossas reações, podemos despertar para a realidade do ser. Cada momento traz a oportunidade de escolher: seguir pelo caminho horizontal da vida automática ou aventurar-se pelo caminho vertical da grande revolução psicológica.
O chamado é urgente: o momento é agora.