Segunda, 06 Julho 2020 20:37

Como Dissolver Problemas e Viver Sem Preocupações | Três Cérebros

  • tamanho da fonte diminuir o tamanho da fonte aumentar o tamanho da fonte
  • Imprimir
Avalie este item
(2 votos)
(Reading time: 4 - 7 minutes)

É necessário aprender a não criar problemas na vida. De preferência, é melhor sair para o campo, levar uma vida que esteja em harmonia com o infinito. Os problemas não são mais que formas mentais, formas criadas pela Mente.

O que é um problema? É uma forma mental com dois polos: um positivo e outro negativo. Essas formas são sustentadas pela mente e deixam de existir quando a mente deixa de sustentá-las.

O que nós devemos fazer? Resolver problemas? Não, não é isso o que se necessita! Então, o quê? O que se necessita é dissolvê-los. Como se dissolvem? Simplesmente, esquecendo-os… Quando ficar preocupado, saia um pouco ao campo e procure pôr-se em harmonia com todas as coisas, com tudo o que é, como tudo o que foi e com tudo o que será. Esquecer problemas é básico. Vocês me dirão que “é impossível esquecer problemas”, mas, sim, é possível. Quando quiser esquecê-los, a única coisa que tem que fazer é colocar para trabalhar qualquer outro centro da máquina humana.

Lembrem vocês que o organismo humano tem cinco centros ou cilindros muito importantes: primeiro, o Centro Intelectual, situado no cérebro; segundo, o Centro Emocional, que está localizado, naturalmente, no plexo solar e centros nervosos simpáticos; o terceiro, o Centro Motor, que se encontra na parte superior da espinha dorsal; o quarto, o Centro Instintivo, localizado na parte inferior da espinha dorsal; e o quinto, o Centro Sexual, obviamente se encontra no sexo. Estes cinco são básicos e indispensáveis e devemos aprender a manejá-los.

Sintetizemos um pouco: pensemos unicamente no Centro Intelectual, ou seja, o homem meramente intelectual; pensemos no homem Emocional e pensemos também no homem Motor-Instintivo-Sexual. Assim, sintetizando, acredito que vamos entender, não é verdade? Agora, quanto ao homem intelectual, ele é quem cria problemas de todo tipo. Se vocês têm problemas, já disse para que os resolvam esquecendo-os. O importante, no final das contas, não é resolvê-los e sim dissolvê-los e para isso devemos esquecê-los.

Então, como proceder? Colocando para trabalhar o Centro Emocional. Isso é interessante, porque então o Centro Intelectual descansa e assim esquecemos o problema. E, se queremos trabalhar com qualquer outro centro, colocaríamos para funcionar o Centro Instintivo-Motor, mas isto já seria diferente.

Aqui, no Bosque Xochimilco, colocamos para trabalhar o Centro Emocional e o Instintivo-Motor. O Emocional colocamos para trabalhar mediante o intercâmbio de impressões, de alegrias; o Instintivo-Motor colocamos para trabalhar montando um cavalo, indo e vindo por este bosque tão formoso… Pois bem, estou lhes dando a chave para dissolver os problemas e isto é muito importante, não é verdade?

Se vocês argumentassem que assim não se pode resolver, por exemplo, o pagamento de um boleto, impedir que nos “despejem” de casa por não pagar o aluguel ou o pagamento de uma dívida, etc., eu lhe diria que os fatos são fatos e eles andam por si só; mas o problema é algo diferente. O problema é algo que a mente cria. Quando se dissolve, o problema deixa de existir.

As pessoas têm medo de resolver um problema, tem medo de esquecê-lo, e isso é muito grave. Pensam, por exemplo: “Se não pago o aluguel da casa, me despejam; tenho que sair dela e para onde vou?” (eis aqui o temor). Antes de tudo, a pessoa tem que aprender a não temer; isso é o mais importante: não temer. Quando termina o temor, a vida lhe reserva muitas surpresas agradáveis. Às vezes, o que parecia insolúvel torna-se solúvel; o que parecia um problema demasiado difícil acaba mais fácil que tomar uma garrafa d’água. De maneira que a preocupação terminará sobrando, não é verdade? A preocupação danifica a mente, a preocupação cria a mente engarrafada no problema. É claro que o problema (com seus polos, positivo e negativo), que não é mais que uma forma mental, estabelece o conflito lá dentro e então vem a preocupação, que danifica a mente e danifica o cérebro também.

Aprender a viver de instante a instante, de momento a momento, é o que eu lhes recomendo: aprender a viver sem preocupações de nenhuma espécie, sem formar problemas. Quando se aprende a viver de segundo a segundo, de instante a instante, sem projetar o futuro e sem o peso doloroso do passado, vê a vida a partir de outro ângulo, a vê de forma diferente, a vê muito distinta. Façam vocês o teste, eu os aconselho…

Ocorreu-me falar-lhes disto neste Bosque Xochimilco, pois vejo muita gente contente: uns vão outros vem, montando a cavalo sob todas estas árvores. As pobres pessoas fogem dos problemas que elas realmente criam. Mas, por mais que fujam, se não os esquecerem, os problemas continuarão a existir.

Portanto, esse é o conselho que lhes dou: nunca sintam temor por nada. Agora, não quero com isto dizer-lhes que não tenham que fazer algo, que não se deve trabalhar, que não haja necessidade conseguir o dinheiro para subsistência ou para pagar dívidas, etc. Tudo isto se deve fazer, mas sem criar problemas na mente. Aprendam vocês a manejar os Três Cérebros (o Intelectual, o Emocional, e o Motor) e verão como mudam. Se há preocupação emocional, mudem de centro: ponham a trabalhar o Cérebro Instintivo-Motor, saiam para passear, montem a cavalo, caminhem, mas façam algo distinto e verão vocês que a sua vitalidade não se esgotará, o corpo físico se rejuvenescerá maravilhosamente, etc. Isso, pois, é o conselho que lhes dou…

Lá pela Ásia há um monastério budista muito interessante. Lá, os monges vivem 400 ou 500 anos porque sabem manejar o Cérebro Intelectual, o Cérebro Emocional e o Cérebro Motor. Quando se cansam do Cérebro Intelectual, utilizam o Cérebro Emocional; quando se cansam do Emocional, utilizam o Cérebro Motor, e dessa forma eles mantêm a energia, não esgotam seus “valores” vitais.

Há quem acredite que quando uma pessoa vem ao mundo, é porque deveria nascer em determinada data e hora (bom, não tenho nada a discutir sobre isso), mas, ademais, pensam que uma pessoa tem que morrer em determinadas data e idade e isso é algo discutível. O que acontece é que os Senhores do Karma entregam a uma pessoa determinado capital de “valores” vitais que são depositados nos Cérebros Intelectual, Emocional e Motor. Se uma pessoa esgota qualquer um deles, morre muito rápido, mas se ela conserva seus “valores”, pode viver até a idade de 90 ou 100 anos e ainda mais. De maneira que, o que é necessário fazer é aprender a manejar os Três Cérebros. Entendido? Compreendam porque lhes falo do homem Intelectual, do homem Emocional e do homem Instintivo-motor.

Aprendam, pois, a manejar seus Três Cérebros com perfeito equilíbrio e vocês verão que podem conservar seus “valores” vitais e viver uma longa vida. Isto é semelhante ao homem que sai para viajar com determinada quantidade de dinheiro. Se desperdiçar o dinheiro, não chegará ao final da viagem, mas se o conserva, não só chega ao final da viagem, senão, ademais, tem com que pagar um magnífico hotel e regressar tranquilo a sua casa. Assim que, repito, aprendam a manejar seus Três Cérebros. Estão me entendendo…?

Uma pessoa sempre morre por partes. Vejam vocês que F. D. Rooselvet, por exemplo, começou a morrer quando contraiu a paralisia, isto é, paralisia do seu Cérebro Motor foi o começo que produziu, de forma longa, a sua morte. Quanto a outros, há quem morra por causa do Cérebro Intelectual: abusam tanto do intelecto, tem tantas preocupações, que esgotam os “valores” que estão neste cérebro, e por ali começa até a sua morte. Também há outros, como os artistas de cinema, que abusam do Cérebro Emocional. Por ali começam, até que ao fim lhes afeta o coração e morrem.

Assim é a humanidade. Vocês não sigam por este caminho. Aprendam a manejar seus Três Cérebros com perfeito equilíbrio, não desperdicem os “valores” vitais e chegarão a serem anciãos.

Informações adicionais

  • Complexidade do Texto: Avançado
Ler 519 vezes Última modificação em Quarta, 30 Abril 2025 15:45